Qualquer pessoa com
deficiência, seja qual for a sua incapacidade, pode praticar uma modalidade
desportiva, sendo que o Jogo Tracional pode surgir como
instrumento para o desenvolvimento das capacidades físicas, motoras, sociais,
afetivas, cognitivas e linguísticas.
O Jogo Tradicional é definido (Martins,
1997:10) como “acção ou actividade voluntária, realizada dentro de determinados
limites fixados de tempo e de lugar, de acordo com uma regra livremente aceite
mas completamente imperiosa, provida de um fim em si mesma, acompanhada, por um
sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser algo diferente da
vida corrente” e segundo Sousa (1997:51) os jogos tradicionais sempre estiveram
associados a festas populares e à ocupação de tempos livres, tendo transitado,
pela via oral, de geração em geração.
Segundo a mesma autora, grande parte dos
Jogos Tracionais Portugueses assemelham-se, quer pelo nome, quer pelos
objetivos e regras que os caraterizam aos jogos praticados não só no continente
europeu, como também noutros continentes, sendo, pois, universais. Embora
apresentem outras lengalengas, rituais, ritmos, formas de jogar ou utilizem
materiais distintos e variem de acordo com as características étnicas dos
grupos de população, com a língua, religião, costumes e com os locais de
prática e as maneiras de agir e de comunicar.
O
desenvolvimento de um jovem com deficiência, por meio de atividades lúdicas,
irá contribuir para a sua coordenação, as suas capacidade visuais e auditivas e
o seu raciocínio criativo, pois os jogos em geral tornam-se um momento rico de relações interpessoais, pois é neste contexto
que o jovem demonstra o seu entendimento
do mundo real, expressa os seus sentimentos, sendo uma atividade fundamental
para seu desenvolvimento.
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